PROJETO INTEGRADOR - O QUE SERIA ISSO ?

O Projeto Integrador (PI) se constitui em modalidade de ensino que proporcionará, ao longo do curso, a inter- disciplinaridade e a transversalidade dos temas abordados no currículo.

 

O Projeto Integrador tem como objetivos: I. Desenvolver nos discentes a capacidade de aplicação dos conceitos e teorias estudadas durante o curso de forma integrada, proporcionando-lhe a oportunidade de confrontar as teorias estudadas com as práticas profissionais existentes, para consolidação de experiência e desempenho profissionais; II. Contribuir para o aperfeiçoamento do discente e a competência na solução de problemas sociais e ambientais; III. Capacitar o discente à elaboração e exposição de seus trabalhos por meio de metodologias adequadas; IV. Analisar, explicar e avaliar o objeto de estudo, culminando em possíveis soluções e/ou novas propostas, tendo em mente que a sociedade à qual o aluno pertence deve ser a principal beneficiária do seu trabalho profissional; V. Promover a inter-relação entre os diversos temas e conteúdos tratados durante o curso, contribuindo para a formação integral do discente; VI. Desenvolver a capacidade de planejamento e disciplina para resolver problemas dentro das diversas áreas de formação; VII. Despertar o interesse pela pesquisa como meio para a resolução de problemas; VIII. Estimular o espírito empreendedor, por meio da execução de projetos que levem à criação de novas empresas e à geração de novos empregos; IX. Estimular a construção do conhecimento coletivo, a interdisciplinaridade e a inovação; X. Promover a aprendizagem com autonomia no que tange à pesquisa, organização e sistematização de novas informações.

 

Deixo aqui 2 exemplos de PI´s desenvolvidos por turmas do eixo de Licenciatura, das cidades de Mogi Mirim e Campinas :

 

Veja mais em https://apps.univesp.br/o-que-e-projeto-integrador/

07/11/22

 

O trabalho, desenvolvido por Ana Cristina Bueno Fernandes, Camila Aguiar Amaral, Gisele Izaquiel Ferreira, Laiane Fernanda Marques Costa, Lilian Regina Vendramel Garcia, Rosana Amâncio Dias de Oliveira e Samuel José Machado, teve como metas apresentar estratégias de ensino voltadas a discentes autistas, analisar as interações sociais de crianças com TEA nas escolas regulares e contribuir com os estudos sobre a inclusão no ambiente escolar. A inspiração da iniciativa veio de uma pequena estudante, de quatro anos, da Escola Professor Cid Chiarelli, da Fundação Educacional Guaçuana, em Mogi Guaçu, onde a educanda da Univesp, Lilian, atua como professora. A estudante identificou dificuldades na interação da criança com seus colegas de sala e concluiu que a comunicação entre eles poderia ser aperfeiçoada.  

Após estudos, a turma decidiu criar atividades em comum para incentivar a socialização. Produziu um protótipo de “Aramado”, com intuito de ser utilizado dentro de um plano de aula. O material possui moldura de madeira, de 40 cm x 40 cm, com três cabos de arame moldados de formas diferentes. Cada fio tem botões coloridos, vogais e números de um a cinco, respectivamente. “Confeccionamos o protótipo para estimular as percepções visual e tátil, coordenação motora, linguagem oral, sensibilidade auditiva, expressão corporal e a concentração”, afirmaram os univespianos no relatório final do Projeto Integrador. “O protótipo também desenvolve o pensamento lógico, pois as crianças terão que decidir que peça pegar, como fazer as curvas do aramado e quantas levar de um lado ao outro”, completam.  

 

O plano de aula, direcionado a crianças de quatro a cinco anos e 11 meses, tem previsão média de 30 minutos. Enquanto aguardam a vez para manusear a ferramenta, os pequenos são distribuídos em grupos menores com outros jogos e brinquedos em suas mesas, como blocos e sequências lógicas de imagens, o que também estimula o diálogo.  


Resultados   

 

Durante a aplicação da atividade, o grupo afirmou que procurou incorporar diferentes formas de trabalhar os conteúdos, a concentração dos alunos e a habilidade em socializar. Após avaliação, o grupo relatou uma melhora significativa nos processos pedagógicos da aluna com TEA. “Ela brincou e interagiu em todos os grupos. Expressou suas ideias com clareza e bom vocabulário. Vivenciou as atividades de maneira criativa e significativa, com interesse e curiosidade. Conseguiu completar todas as atividades propostas, de forma espontânea no convívio com os colegas, respondendo e fazendo colocações relevantes quando requisitada sobre as atividades”, declaram no relatório.  

 

"É importante que os professores estejam preparados e aptos a atuar com alunos portadores de TEA, garantindo que eles se desenvolvam de maneira integral, nos aspectos cognitivo, físico, afetivo e social. Para isso, educadores, gestores e equipe escolar devem buscar novos conhecimentos, ampliando seu repertório de práticas educativas capazes de atender as necessidades dos alunos com TEA", concluem os futuros licenciados.